Codó, MA – A Prefeitura de Codó firmou, no início deste ano, contratos que totalizam R$ 12,6 milhões com a empresa Rede Sol Fuel Distribuidora S/A, atualmente sob investigação por supostas conexões com o crime organizado. A informação, que veio à tona neste sábado (6) através do jornalista Marco Silva, revela que os acordos foram assinados nos meses de janeiro e fevereiro.
A Rede Sol Fuel é um dos alvos da Operação Carbono Oculto, uma força-tarefa que une o Ministério Público de São Paulo, a Receita Federal e a Polícia Federal. As investigações apontam que a distribuidora de combustíveis teria sido adquirida pelo fundo de investimentos Mabruk II, que é suspeito de ser utilizado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) em um esquema de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.
Embora não possua filial registrada no Maranhão, a empresa mantém vultosos contratos com o poder público em diversas partes do país, somando mais de R$ 424 milhões. Além disso, a Rede Sol Fuel responde a processos judiciais e já foi alvo de questionamentos por parte de órgãos de fiscalização, como o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
Contratos em Codó
Em Codó, os contratos com a Rede Sol Fuel estão distribuídos entre pastas estratégicas da gestão municipal. As secretarias de Educação, Saúde e Infraestrutura firmaram os maiores acordos, cada um no valor de R$ 3,4 milhões.
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Segurança Alimentar também celebrou contrato com a empresa, no montante de R$ 1,7 milhão. O Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) completa a lista, com um contrato de R$ 600 mil.
O objetivo da Operação Carbono Oculto é desmantelar uma complexa rede de lavagem de dinheiro que seria operada pelo PCC. Segundo as autoridades, o esquema se utilizava de empresas do ramo de combustíveis para movimentar recursos de origem ilícita. O fundo Mabruk II, que controla a Rede Sol, é considerado uma peça central na investigação.
